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sábado, 15 de novembro de 2008

História de um caminho II

Dois anos depois, a minha vida mudou completamente: fui para Salamanca e encontrei uma vida marista mais real (no sentido em que tinha mais participação na vida comunitária e numa obra, o colégio Champagnat). Tive que adaptar-me em muitos aspectos, mas consegui e foi um ano com uma experiencia magnífica. No postulantado fiz alguns estudos de teologia, aprendi espanhol com o melhor professor possível, trabalhei com a MarCha e com “los niños del cole”. Foram tempos que me animaram muito no meu caminho.

Quando já pensava que conhecia muito da vida marista, chego ao noviciado, em Sevilha, e encontro coisas que nunca pensei que existiam. Aqui respiramos um “ar marista”. Tenho muito trabalho, mas, à medida que me vão mostrando cartas do Padre Champagnat, documentos do Instituto e experiencias de vida, cada vez sinto mais entusiasmo. Não estou com a minha família, nem estou com a primeira comunidade marista que conheci, não posso falar a minha língua, nem estou no meu país. Também não tenho aqui nenhum amigo de infância, até pelo contrário, conheci-os todos há pouco mais de um mês… Mas posso dizer que me sinto em casa e em família. E, o mais importante, estou feliz! (Na fotografia: a comunidade do noviciado. Da esquerda para a direita está: Fernando Hinojal, Pietro Sto, Pere Ferré, Stefano Divino e Jaime Barbosa.)

Gostei muito de encontrar em Vouzela, na profissão do Ir. Rui, tantos irmãos de Espanha e da MarCha. E, claro está, de voltar a ver tanta gente conhecida e passar por lugares que são para mim muito familiares, Salamanca e Vouzela.

No dia 28 de Outubro fiz a minha entrada canónica no Noviciado. Convidamos a comunidade de irmãos do colégio de Sevilha, fizemos uma pequena oração e recebi as Constituições em português, das mãos do mestre de noviços, HH. Pere Ferré.

Muito obrigado a todos os irmãos e amigos que me têm acompanhado. Pela minha pequena experiencia, vale a pensar profundamente na vocação marista. Vale a pena ser Marista e seguir Jesus Cristo.

Um abraço cordial a todos os que me acompanharam durante todos estes anos e me deram força, irmãos, amigos, juvenistas, amigos da MarCha e colegas de escola.

Jaime Barbosa

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

História de um caminho I


“Es ahora que tus horizontes se están abriendo.”


Havia um Irmão espanhol, que já faleceu, que me repetia varias vezes “-Es ahora que tus horizontes se están abriendo.” Pois é, esse Irmão tinha razão…

Já conheci grandes homens, que foram os Irmãos que encontrei pelo caminho e continuo a encontrar. Alguns dos que encontrei já faleceram, mas deixaram uma grande marca na minha vida. Nestes últimos anos tenho aprendido muito, tenho visto muito e tenho crescido lado a lado com os Irmãos que escolhi para a minha própria família. Sou jovem, todos me dizem o mesmo, mas sinto-me afortunado, porque com dezanove anos já vivi muito mais que um jovem da minha idade normalmente vive. Abdiquei de muita coisa, mas, em troca de isso, recebi muito mais.

A minha “história marista” começou quando dois senhores foram à minha escola apresentar um movimento de jovens. Tinha nove anos e nem entendi muito bem quem eram e o que estavam a dizer. Mais tarde dei-me conta de que eram dois Irmãos maristas… Inexplicavelmente, entrei nesse movimento, MarCha, e fui encontrando toda uma maneira nova de viver e de ser: ser Irmão Marista. Fiz muitos amigos nesse processo e na MarCha: bons amigos que entraram na minha vida e ficaram.

Em 2005 entrei para o Juvenato, em Vouzela. Foi a minha primeira comunidade. Era uma comunidade que sabia estar e que sabia transmitir os melhores valores. Vivi parte da minha adolescência em Vouzela e foi onde começaram a “abrir-se os horizontes”.