Depois de uns dias de “retiro na casa da família de sangue” tive um tempinho para mastigar tudo o que me foi dado nesta Páscoa Jovem. Comecei este encontro dizendo-vos “bem-vindos e espero que tenham um bom encontro” mas quando cheguei ao Pinheiro da Bemposta só pensava “Obrigado JC! Obrigado a todos vós porque realmente não poderia desejar ou sonhar amigos ou momentos melhores que estes”.
Temos que admitir que não fizemos coisas espectaculares, grandiosas mas, para mim, soubemos colher as três violetas e com elas perfumar esta Páscoa. Cristo, aos olhos da maioria, também não teve uma vida espectacular, aliás foi muito pobre a sua vida, começando no nascimento e terminando na morte, tudo foi simples. No entanto se falarmos na Sua Vida “o caso muda de figura”. A Páscoa foi simples, normal, um ritual como todos os anos mas penso que falo por todos quando digo que cada um de nós soube dar-lhe Vida e torná-la especial. Senão vejamos,
- Terminámos o primeiro dia com um bilhete, e dois ovinhos, feito pelos juvenistas que podemos admitir que foi, para além uma novidade, uma “ideia altamente”;
- Começámos a Quinta-Feira a matar uns cordeirinhos. Tudo bem, havia gente que não era a favor mas todos fizemos um esforço e o resultado final assado pelos irmãos “seara velhenses” a sair da grelha não foi muito mau;
- Fizemos a caminhada S.Macário - Vouzela que, embora todos (menos eu) chegassem com bolhas nos pés e dores nas pernas, foi um grande momento e o grupo adorou;
- Realizámos a Via-Sacra que mesmo sendo um ritual soubemos torná-la um pouco mais pessoal e especial do modo que caminhámos para a Cruz, fomos crucificados e ressuscitámos, tudo isto em grupo e em Cristo.
- Celebrámos na Sexta à noite a ressurreição. Aí todos reflectimos sobre “o que é para ti a ressurreição?”, uma pergunta difícil!
- E acabámos com uns workshops sobre a Vigília Pascal.
E o que é que fizemos de especial? Nada.
E o que é que sentimos de especial? Vocês? Não sei, mas eu senti-me feliz, vivo, várias coisas que com o ritmo do dia-a-dia não era capaz de sentir tão intensamente, de tal modo que atrevo-me a dizer que “Já não sou eu que Vivo” mas é o nosso amigo JC que vive em mim.
Pois é,
eu já ressuscitei e Ele ressuscitou comigo,
E tu? Já ressuscitaste hoje?