Mais um dia, mais uma etapa que começou já com grande cansaço, mas mesmo assim fizemo-nos ao caminho e encaramos os 20 e poucos km que tínhamos pela frente com boa disposição.
A caminhada correu bem (dentro dos possíveis) e chagamos a Bandeira com sucesso e sem baixas.
Como era festa do S. António nesta vila, fomos à missa solene e receberam-nos muito bem.
À tarde depois do bacalhau à Brás da Dona Maria do Céu e da Professora Teresa, que estava uma delícia com sempre, tivemos uns momentos de descanso, jogando às cartas, dormindo e indo depois à piscina apesar do tempo cinzento.
Tivemos depois um momento em grupo no qual partilhamos aquilo que estávamos a sentir ao longo do caminho. No fim abraçamo-nos todos. Foi sem dúvida um momento que demonstrou a grande família que somos.
Depois do jantar demos uma saída até à vila onde nos deparamos com uma banda pimba (mas muito porreira). Fomos nós quem animou a festa e recebemos muito boas energias para o caminho.
Foi uma noite revitalizante, tivemos de recolher ao local onde dormimos para descansar e nos prepararmos para a etapa do dia seguinte.
Às seis da manhã, ao darmos os primeiros passos, ainda embalados pelo sono, ninguém conseguiu imaginar o quão difícil concluir a segunda etapa do nosso caminho.
Subidas e descidas na montanha, quilómetros de alcatrão quente debaixo dos pés, pó, sede e muito cansaço. Ao fim de 33 km bem sofridos avistámos Lalin.
Esperava-nos um almoço, e o pavilhão onde, depois de curadas todas as feridas, descansamos toda a tarde.
Com a chegada do pôr-do-sol chegou uma sopa reconfortante que caiu que nem um bálsamo nos nossos corpos doridos.
Tivemos o momento para reflectirmos sobre as setas que guiam a nossa vida e o verdadeiro motivo pelo qual seguimos sempre a caminhar. Foi também o momento de descobrirmos que a vida não vai para e que temos tudo a dar neste caminho de Santiago e no grande caminho que é a nossa vida.
Depois do descanso pelas fabulosas termas de Ourense, hoje, foi o dia de nos fazermos à estrada para a primeira etapa do Caminho de Santiago (Ourense-Cea)
Ainda nem as galinhas iam no segundo sono quando nós nos levantámos para que o calor não fosse impedimento.
Depois do pequeno-almoço reforçado com os churros da Dona Fátima e a foto de grupo iniciamos a nossa jornada.
Os primeiros quilómetros tiveram algumas dificuldades acrescidas com algumas subidas de categoria especial, mas mostramos que estávamos à altura.
Não esquecendo a credencial do peregrino coleccionamos os primeiros carimbos de cafés e mercearias que encontrávamos e com mais ou menos bolhas chegamos todos ao destino ficando para trás o primeiro troço que nos brindou com belas e únicas paisagens.
Com grande apetite almoçamos, seguindo-se um breve momento musical, onde foram recordados alguns hinos da Marcha de anos anteriores.
E para refrescar o corpo e a mente nada melhor que um mergulhinho na piscina que ali se encontrava mesmo ao lado a chamar por nós, para satisfazer a nossa tarde de descanso, que terminou com o momento de ser, onde se reflectiu sobre o dia, num local bem fresquinho junto a uma igreja.
Jantamos e pouco depois dirigimo-nos ao pavilhão para uma boa noite de sono que o dia seguinte prometia também uma grande aventura.
Amanhecemos no colégio de Santa Maria de Ourense após um sono repousante. Seguiu-se uma explicação /esclarecimento de dúvidas à cerca da caminhada que nos espera. Trata-se da nossa peregrinação a Santiago
Houve também um momento de partilha de experiências e das motivações que cada um trás para esta caminhada.
Durante a tarde visitamos as termas de Ourense, onde estivemos nas fantásticas lagoas de águas termais. Tomamos uma banhoca que nos refez as forças
Já no colégio Marista, seguiu-se o momento de ser, onde fizemos uma reflexão sobre as dificuldades através da história de: “os dois cavalos”.
Terminamos o dia com uma motivação acrescida para a caminhada que iniciará amanhã.
Neste acampamento consegui viver o novo em cada dia, apesar de “voltar” a um acampamento de Verão, vivi o acampamento do “tempo novo”.
A alegria e a fraternidade dominaram-nos de tal modo que alguns de nós acabaram a semana a tratarem-se por Irmãos. Cada abraço, cada olhar era espelho de cumplicidade, amizade, Amor…obrigado.
Malta! O saldo foi positivo! Juntos desfrutámos desta semana e conseguimos dar início à missão. Juntos estendemos os braços, criámos laços e descobrimos o que há em cada um.
Amig@s, agora é a Hora de “juntos construirmos”; de acordarmos para o novo e apercebermo-nos que temos de arriscar na Vida, partir para a aventura e caminhar por algo nosso, dando a nós próprios e aos outros o Amor de que precisamos para atingir esse nosso Horizonte.