terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Entre pessoas e caminhos...


Nunca te aconteceu ir pela rua e ao chegar a casa, ter a sensação de que uma quantidade enorme de pessoas passou por ti...e em ti não se passou nada?
“La vida es bella e interesante por sus dificultades, debilidades, gozos y maravillas que nos va poniendo delante de los ojos, manos y mente...” (escrevia outro anónimo) e acaba por ser interessante quando vais atento/a, sensível ao teu dia, às dezenas de rostos que passam por ti e é nesse preciso momento em que se olham ou dizem um “bom dia” que se cruzam os caminhos um do outro.
Hoje foi um desses dias em que tentei prestar atenção. Não aconteceram coisas espetaculares mas, talvez por serem as mais simples, fizeram deste dia uma autentica surpresa.
Fiz o percurso dos últimos dias; estação de metro da Luz até ao Pombal...no metro, um jovem casal trocava entre si um olhar feliz, brilhante e a jovem apertava nas suas mãos um teste de gravidez, e assim ficaram todo o tempo (pelo menos até eu sair) no seu silencio ruidoso da linha azul do metro de Lisboa. Mais tarde, passei pelo Eduardo VII, aproveitei para sentar-me à sombra de uma árvore e observar dois miúdos que jogavam à bola. Dois que não demoram nada em multiplicarem-se, a formarem duas equipas de futebol e a improvisar umas balizas com as suas mochilas. 
E agora (contemplando o Tejo ao ritmo de um ou outro pastel de Belém)... UAU!!!
Coisas que passam todos os dias mas que hoje me levaram a pensar que na minha vida as decisões que tomei nem sempre foram autónomas e cheias de sentido; faço-me consciente de que esse sentido foi-me proporcionado por todas aquelas pessoas que se cruzaram, relacionaram e viveram comigo.
TENHO O CORAÇÃO CHEIO DE NOMES!!!
Entre pessoas que passam pela vida e deixam algo em ti, às vezes um mero mas não menos agradável “bom dia”; outras vezes pessoas que assinam o seu nome no teu coração de tal forma que é impossível esquecê-las...viajamos entre cruzamentos constantes em que PARTILHAR o nosso próprio caminho torna-se uma necessidade e só nos resta agradecer por todas as oportunidades que nos foram dadas para viver.
E...
Em palavras que já dava como perdidas pelo tempo,
Entre todos os pontos que estavam fora lugar,
Entre olhares cruzados sem razão,
Toques e sensações buscadas...
Volto a esta encruzilhada cheia de dúvidas, dor, alegria, esperança...cheia de pessoas e caminhos com os quais decidi partir à aventura, enfrentar os meus medos e partilhar aquilo que de melhor e pior eu sou.
Quantas vezes paramos a pensar naquilo (em) que vivemos?
Pelo menos naquilo que dizemos? Ou nos “n” sentimentos com que surgem ao longo do dia?
Paremos nesta pergunta...
Sou capaz de parar para caminhar?


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